Construção Drywall – Sistemas, componentes e isolamentos Sistema construtivo para paredes, forros e revestimento em drywall pode se adequar a diferentes aplicações. Conheça os principais sistemas disponíveis e requisitos para especificação
Indicados para a construção de paredes e forros, os sistemas de drywall podem ser utilizados em aplicações variadas, de residências a salas de cinema, passando por escritórios e espaços comerciais. O desempenho do material, em relação à acústica e à resistência mecânica, por exemplo, pode ser modulado de acordo com a exigência do projeto. Para tanto, podem ser combinadas chapas simples ou duplas, diferentes tipos de perfis e isolantes minerais.
Um aspecto fundamental relacionado à especificação do sistema a seco é o atendimento às normas técnicas de projeto e execução. O drywall hoje é um sistema normatizado pela ABNT NBR 15.758:2009 – Sistemas Construtivos em Drywall, que descreve claramente todos os procedimentos executivos de montagem dos sistemas e traz um capítulo específico com orientações sobre recebimento dos serviços, destaca o engenheiro e arquiteto Olavo Fonseca Filho, diretor do grupo Sonar. A norma é dividida em três capítulos: um dedicado às paredes, outro que discorre sobre os forros e uma terceira parte específica sobre os revestimentos em gesso.
Conformidade dos componentes
Chapas de gesso, perfis estruturais de aço galvanizado, massas e fitas para tratamento de juntas, assim como parafusos e acessórios para drywall, devem cumprir com rigor o que está definido nas normas técnicas. “Além de facilitar a montagem de paredes, forros e revestimentos, o cumprimento às normas previne patologias e, consequentemente, o retrabalho exigido para repará-las. Sem contar que salvaguarda o construtor de sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor”, diz Carlos Roberto de Luca, gerente técnico da Associação Drywall.
A Associação, que reúne os fabricantes de placas de drywall com fábricas no Brasil, recomenda especial cuidado na aquisição e aplicação dos perfis estruturais de aço galvanizado. As características desses componentes são definidas na NBR 15.217:2009 – Perfis de Aço para Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para Drywall – Requisitos e Métodos de Ensaio. Luca explica que perfis em desacordo com essa norma (com espessura de chapa inferior à definida, que é de 0,5 mm no mínimo, e galvanização inferior a 275 g/m²) podem comprometer a durabilidade, a resistência e acarretar patologias.
Vinculado ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) do Ministério das Cidades, o Programa Setorial da Qualidade dos Componentes para Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para Drywall (PSQDrywall) possibilita a identificação da conformidade dos componentes dos sistemas drywall. A relação das empresas que produzem segundo as normas vigentes é publicada periodicamente no site do Ministério e também no site do PSQDrywall (www.qualidadedrywall.org.br).
Componentes do sistema drywall
CHAPAS DE GESSO PERFIL DE AÇÕ GALVANIZADO PARAFUSOS MASSAS E FITAS
Fixações
A fixação dos perfis metálicos nos elementos construtivos pode ser realizada com buchas plásticas e parafusos com diâmetro mínimo de 6 mm; rebites metálicos com diâmetro mínimo de 4 mm; ou fixações à base de tiros com pistolas específicas para essa finalidade.
As fixações dos componentes dos sistemas drywall entre si se dividem basicamente em dois tipos: fixação dos perfis metálicos entre si (metal/metal) e fixação das chapas de gesso sobre os perfis metálicos (chapa/metal).
Principais sistemas para paredes
A parede standard é formada pelo aparafusamento de uma ou mais chapas de drywall em perfis de aço galvanizado. O espaço interno criado entre as chapas propicia a passagem de instalações elétricas, hidráulicas e a incorporação de elementos acústicos e de resistência.
Paredes para grandes alturas são formadas por duas linhas de estruturas de perfis de aço galvanizado interligadas por recortes de chapas, perfis da estrutura ou amortecedores acústicos, que eliminam a transmissão sonora. São compostas por mais de uma camada de chapas. Autoportantes, dispensam a necessidade de vigas e a utilização de estruturas auxiliares.
Paredes acústicas são montadas a partir de duas linhas de estruturas independentes. Também podem ser montadas por meio de cantoneiras, que substituem as guias. Indicadas para ambientes onde as necessidades de isolamento são fatores determinantes, podem atingir índices de desempenho acústico superiores com a utilização da lã mineral em seu interior. Para se ter uma ideia, paredes compostas por chapas duplas de 12,5 mm oferecem isolamento equivalente ao de uma parede de blocos maciços com 90 mm de espessura, ou seja, cerca de 35 dB a 37 dB.